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Opinião: quem levou a melhor no choque UFC/Bellator/WSOF?

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Por Rodrigo Tannuri

No último sábado (15/11), os fãs de MMA tiveram uma noite inesquecível. As três maiores organizações de MMA do mundo realizaram eventos simultaneamente, algo raro de se ver. Sabendo disso, nosso colunista, Leo Salles, havia preparado um roteiro com os pontos positivos e negativos de cada um. Com os três shows realizados, tentarei dar a minha visão do que foi importante e o que deve ser esquecido pelo público. Por ser a maior marca, o UFC costuma ter vantagem, mas, dessa vez, os concorrentes não fizeram feio. Dá até para considerar um empate nessa disputa.

UFC 180: Werdum x Hunt

UFC 180: Werdum x Hunt

UFC 180

Pontos Fortes:

- Por ser um evento disputado no México, os atletas com descendência se destacaram. Kelvin Gastelum e Ricardo Lamas foram as grandes estrelas. O estreante mexicano Augusto Montaño também fez bonito.

- O público também merece ser elogiado. A galera lotou a Arena Ciudad de México e, assim como em jogos de futebol, fez muito barulho.

- O card principal foi excelente, contou com combates bem casados e todos terminaram por nocaute ou finalização.

- Mesmo perdendo, Mark Hunt está de parabéns. O gordinho aceitou substituir Cain Velasquez em cima da hora e chegou a ter bons momentos contra Fabrício Werdum. Vale lembrar que o neozelandês chegou ao UFC com o cartel negativo e, agora, é um dos pesados mais queridos pelo público.

Pontos Negativos:

- A ausência de nomes importantes esvaziaram o card. Dana White havia dito que só iria realizar um evento do UFC no México, se Cain Velasquez estivesse presente. O campeão dos pesados estava escalado, porém sofreu uma grave lesão e foi retirado do card. Velasquez era, simplesmente, a cereja do bolo. Mesmo não estando em boa fase, o leve Diego Sanchez também fez falta.

- Os campeões do TUF: América Latina são fracos. Muitos dos atletas do reality deixam a desejar tecnicamente. Compensar na raça não é o bastante.

- Apesar de ter se tornado campeão interino dos pesados, Fabrício Werdum flertou perigosamente com a derrota. Creio que muitos fãs estavam imaginando que ele seria nocauteado, já que sua atuação no primeiro round foi pífia. Por sorte, Cain Velasquez não era o adversário. Se fosse, o resultado seria diferente.

- A cabeçada intencional de José Alberto Quiñonez em Alejandro Perez foi um ato sujo e que vai contra o que o esporte prega. Por atitudes impensadas como essa que muitos generalizam e acabam atacando o esporte. O UFC deveria punir o lutador.

Bellator 131: Tito x Bonnar

Bellator 131: Tito x Bonnar

BELLATOR 131:

Pontos Fortes:

- Essa edição teve de tudo: nocautes, nocaute relâmpago, finalizações, decisões unânimes, divididas e empates. Resumindo: emoção não faltou. Aliás, o Bellator vem se especializando nesse quesito. Sempre que achamos uma coisa, podemos ser surpreendidos tanto para o bem quanto para o mal.

- Como era esperado, todas as lutas do card principal foram boas e terminaram por nocaute, exceto o main event.

- Se o Bellator havia perdido Eddie Alvarez para o UFC, ganhou Will Brooks. O americano, que era campeão interino dos leves, se tornou linear ao derrotar, mais uma vez, Michael Chandler. O atleta representa muito bem a nova geração do MMA e tem um futuro grandioso pela frente. É top com todas as letras.

- Que o lendário Tito Ortiz não está mais no auge, isso todos sabem, mas, mesmo assim, o veterano é uma figura carismática e um trunfo da organização. Mesmo lutando mal, ele derrotou Stephan Bonnar, mas o melhor foram suas provocações. Dessa vez, tivemos empurrão, gestos obscenos e até água foi jogada no desafeto, ou seja, Tito é o que há.

Pontos Negativos:

- A luta entre os veteranos Tito Ortiz e Stephan Bonnar, dois integrantes do Hall da Fama do UFC, era midiática, mas nada influenciaria no cenário dos meio-pesados. O duelo foi constrangedor, digno de integrar um circo dos horrores.

- Michael Chandler, ex-campeão dos leves do Bellator, era visto como um dos melhores da divisão, mas parece que o sucesso lhe subiu a cabeça. Ao perder a terceira luta seguida, não se sabe qual será o futuro do americano. A nova derrota para Will Brooks foi até bizarra, pois ele preferiu reclamar com o árbitro do que se proteger dos golpes do adversário. Quem sabe agora, com menos hype, ele volte a ser o que era antes? Talento ele tem de sobra.

- O desrespeito de Muhammed Lawal. Se Tito Ortiz é um bad boy carismático, o mesmo não se aplica a “King Mo”. O ex-campeão do Strikeforce provocou Joe Vedepo durante o combate e, após ser anunciado como vencedor, se jogou no chão e fingiu estar nadando. Lawal é bom lutador, mas se acha muito mais do que realmente é. Agindo dessa forma, continuará tendo muito mais haters do que fãs e não adianta reclamar, se dizendo injustiçado.

- O Bellator apostou no meio-médio Melvin Manhoef para ser um dos grandes nomes da categoria, já que é um veterano com bastante popularidade. Especialista na trocação, o atleta de 38 anos sempre é garantia de nocautes, mas passou por tantas batalhas ao longo da carreira, que seu queixo não aguenta mais. Quando não vence de forma brutal, é nocauteado de forma pesada. Um striker que possui esse ponto fraco não vai se criar.

- Contratações equivocadas. O Bellator deve ser parabenizado por sempre dar chances a jovens talentosos, mas também tem que ser criticado por insistir em contratar nomes que não agregam em nada ao seu quadro. Stephan Bonnar é conhecido muito mais por ser raçudo do que por ser bom lutador. Estava aposentado e, sinceramente, espero que pare definitivamente. Outro que estreou para nunca mais aparecer na organização é Nam Phan, mais um ex-UFC, que conseguiu a proeza de ser nocauteado por um mediano em 46 segundos.

WSOF 15: Branch x Okami

WSOF 15: Branch x Okami

WSOF 15:

Pontos Fortes:

- A proposta inicial de realizar um evento com três disputas de cinturão foi ousada e magnífica.

- O card preliminar, que contava com nomes bem modestos, superou a expectativa. De sete lutas, apenas duas foram para a decisão. As finalizações dominaram.

- Ao superar a brasileira Kalindra Faria, Jessica Aguilar defendeu o cinturão dos palhas femininos pela segunda vez, mostrando que figura entre as cinco melhores da categoria.

- David Branch, campeão dos médios, surpreendeu ao nocautear o sempre duro Yushin Okami, provando que há sim talentos fora do UFC.

- Nem mesmo o fato de vencer por decisão dividida tira o mérito de Justin Gaethje. O campeão dos leves, de apenas 26 anos, enfrentou um lutador popular, poderoso e não se intimidou. Pelo contrário, foi para cima e foi premiado com a vitória mais importante de sua carreira. O americano tem talento para ir além.

- Aos 41 anos, Jorge Patino “Macaco” está provando que ainda pode endurecer para a nova geração. É muito legal ver lutadores de idade avançada tendo sucesso no cenário atual do MMA, o que é cada vez mais raro de acontecer.

Pontos Negativos:

- O que dizer de Melvin Guillard? Todos sabem que o lutador é uma figura. Dono de diversas pérolas, “The Young Assassin” se nomeou o Picasso do MMA e terror do Jiu-Jitsu, mas, naquela época, até que estava tendo sucesso. Contudo, atualmente, o temido striker está deixando a desejar tanto na balança quanto no ringue. Foi derrotado, teve uma postura passiva, acuada e, para piorar, dias antes, afirmou que era um lutador de nível A lutando em uma liga B. Tal atitude não foi bem vista por Ali Abdelaziz, um dos chefões da companhia, e, se bobear, o atleta pode amargar mais uma demissão, que até seria justa. Que fase!

- Não dá para dizer que Yushin Okami foi uma má contratação. Pelo contrário, ele é um nome com apelo, competente e reforçou o WSOF. No entanto, parece que o japonês está fadado a lutar pelo cinturão das organizações de que faz parte e sempre sucumbir. Isso é frustrante e bem pouco para um atleta deste calibre.

- O WSOF é conhecido por ser uma espécie de filial do UFC por mandar seus destaques para a organização de Dana White e contratar muitos lutadores que são cortados de lá, então por isso mesmo deve fazer mais proveito dessa situação. Como é uma companhia nova, seu quadro de lutadores tem que aumentar, por isso, nada melhor do que dar uma segunda chance a atletas injustiçados ou que tem totais chances de se recuperar.


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